A lambedura em cães e gatos, é uma prática comum, ligada a higiene, mas há muitos casos onde o tutor nota que o pet está se lambendo demais ou se lambendo com muito mais frequência do que o normal.
A lambedura em excesso é um sinal importante de alerta, pois ela indica que alguma coisa não vai bem com a saúde física ou mental do animal.
Quais locais os cães e gatos costumam se lamber em excesso?
Os locais mais comuns para lambedura excessiva são as patas e a ponta do rabo, mas também é relativamente comum animais que lambem (e até mordiscam) outras partes do corpo, em especial a barriga, partes íntimas e regiões internas, próximas às patas.
E o que pode provocar a lambedura em excesso nos pets?
A primeira providência, quando o tutor nota a mudança do comportamento do seu pet, em relação a lambedura é procurar o médico veterinário de sua confiança para afastar qualquer causa física como: cortes e arranhões, picadas de inseto, espinhos, fungos, bactérias, alergias (dermatites), infecções ou dor.
Sim, um animal com dor pode começar a se lamber em excesso! Fique atento!
Afastadas as causas físicas, é preciso avaliar se a lambedura em excesso não é resultado de fatores comportamentais como tédio ou estresse.
Cães e gatos que ficam muito tempo sozinhos e ociosos (sem atividade física ou nada para se entreter), que sofrem com ansiedade de separação, sentem que recebem pouca atenção dos tutores nos momentos em que estão juntos ou que convivem (não muito bem) com outros animais, também podem desenvolver casos de lambedura excessiva, a chamada dermatite psicogênica.
Como ajudar meu pet a parar de se lamber tanto?
Afastadas todas as possibilidades de alterações físicas e identificada a causa comportamental, é fundamental seguir, primeiramente, o tratamento médico para auxiliar na cicatrização da ferida, conforme indicação do veterinário. Nestes casos, o tratamento pode envolver o uso de antibióticos, antiinflamatórios, antifúngicos.
A fisioterapia é uma ótima aliada no tratamento médico, pois irá auxiliar na cicatrização do ferimento, dispondo de equipamentos de fotobioestimulação, como laserterapia e fototerapia com LED. Além disso, a prática de atividades físicas monitoradas (como a cinesioterapia e hidroterapia), auxiliam na redução do stress e do tédio acumulado pelo animal.
Já as causas comportamentais da lambedura, sejam elas por estresse ou tédio, podem ser controladas com técnicas da Medicina Veterinária Integrativa como a Acupuntura, a Cromoterapia, o Reiki, Florais de Bach, além de mudanças na rotina familiar.
Os tutores deverão se atentar às causas e realizar mudanças no ambiente e no dia a dia, que incluem:
- prática rotineira de atividades física (passeios, agility, atividades em creches/escolas para cães)
- maior tempo de atenção ao pet (carinho e brincadeiras)
- enriquecimento ambiental (brinquedos interativos, arranhadores, catnip ou matatabi (no caso de gatos)
- hormônios ambientais (como feliway) no caso de conflitos entre gatos
- música e TV: há diversos vídeos e playlists no Youtube e Spotify voltada para pets que ficam sozinhos em casa.
Importante:
Não dê bronca ou brigue (falando alto ou de forma agressiva) quando você observar seu pet se lambendo, busque atrair a atenção dele com um barulho externo (que ele não veja que vem de você), assim ele não correlacionará a lambedura com a sua atenção!
Notou algum comportamento diferente no seu pet? Não perca tempo e leve-o ao veterinário o quanto antes!