Nos últimos anos, a adoção de pets ficou cada vez mais comum, no entanto encontrar animais em situação de rua ainda é algo habitual. Isso ocorre por inúmeros motivos, mas, sem dúvida, um dos principais é a falta de cuidados e a não realização de procedimentos importantes durante os primeiros meses de vida de um animalzinho.
Claro, se você já adotou ou teve um filhote sob seus cuidados, especialmente gato, sabe que pode ser mais complicado do que parece. Se, por acaso, algumas medidas não forem atendidas, a situação pode acabar saindo do controle e ser muito estressante para você e para o bichinho.
Por isso, separamos os principais passos que não devem faltar de forma alguma quando o assunto é como cuidar de um gato filhote. Confira os tópicos a seguir e garanta que o ambiente familiar seja saudável para todos, inclusive para o novo membro da família! Nesse artigo responderemos às seguintes perguntas:
1. Quando você de fato pode levar o bichano para sua casa?
2. Quais os acessórios indispensáveis para cuidar de um gato filhote?
3. Qual o tipo correto de ração para um baby pet?
4. Locais seguros e confortáveis: como providenciar conforto e segurança para o seu gato?
5. Vacinação: quando devo vacinar?
6. Vermifugação: é realmente necessária?
7. Combate à pulga e carrapato: “mas meu gato é de apartamento. E agora?”
8. Castração: quando devo agendá-la?
9. Atividades, brincadeiras e socialização: qual a importância para um gato filhote?
10. Qual o principal cuidado com um gato filhote? Você sabe?
1. Quando você de fato pode levar o bichano para sua casa?
Um dos fatores importantes para a saúde do bichano é a alimentação nutritiva fornecida pela mãe, portanto, após os gatinhos nascerem, é importante que eles tenham um período de acolhimento com ela. Esse intervalo acontece entre os 45 e 60 primeiros dias de vida e isso é crucial para o desenvolvimento dos filhotinhos.
Além disso, a mãe é responsável por estimular, por meio da lambedura, alguns hábitos em suas crias. Dois deles são o ato de defecar e de urinar. A gatinha, ao lamber as bundinhas dos filhotes, estimula que eles façam cocô e xixi. Ela é responsável por isso ao longo dos primeiros vinte dias de vida da ninhada.
Por isso, quando encontramos algum filhote muito novinho, é importante simularmos a lambida materna utilizando um algodão umedecido e aquecido, para estimularmos a fazer as necessidades sem maiores problemas.
Portanto, se você já tem um filhote em vista, se possível aguarde até o início do terceiro mês de vida para levá-lo para a nova casinha dele. Até lá, ele terá aprendido o básico para sua autonomia e já conseguirá viver sem os cuidados da mãe.
2. Quais os acessórios indispensáveis para cuidar de um gato filhote?
Agora que seu gatinho está maior e independente, antes que ele conheça o novo lar que o espera, alguns acessórios são importantes. Você não vai querer recepcioná-lo sem uma caixa de areia bem espaçosa, uma caminha quentinha e um delicioso pote de ração!
Além desses três itens básicos, é aconselhável colocar alguns bichinhos de pelúcia na caminha dele. É uma forma de simular os irmãozinhos para que ele não se sinta só na nova casa. Muito fofo, né?
Alguns outros itens para uma adaptação tranquila também virão a calhar. O primeiro deles, para o bem dos seus móveis, é um arranhador, já que os gatinhos gostam de afiar as suas garras em superfícies macias como a do seu sofá.
Por isso, não hesite em providenciar um arranhador; você não vai se arrepender. Claro, arranhadores não fazem milagre, mas ajudam e muito! Sobretudo se acompanhados de outros mimos.
Outro presentinho que os bichanos adoram são os brinquedinhos. Varinhas, bolinhas, ratinhos, guizos, obstáculos e as adoradas caixas de papelão. Certifique-se de que algumas dessas opções estejam ao alcance dele, caso contrário não espere que seu sono seja como de costume — ele não permitirá. Não queira ver um gato entediado!
3. Qual o tipo correto de ração para um baby pet?
Em geral, a ração mais adequada é a produzida especificamente para filhotes. A maioria das marcas fornecem tipos diferentes de ração para faixas etárias distintas. Adquira aquela que for ideal para filhotes, pois ela terá os nutrientes necessários para o desenvolvimento pleno do seu bichano.
Porém, pode acontecer de surgirem outras particularidades, as quais só poderão ser descobertas após uma consulta com o médico veterinário. Depois de alguns exames, os quais abordaremos logo a seguir, você saberá como está a saúde do seu baby cat e qual a alimentação mais adequada para ele.
4. Locais seguros e confortáveis: como providenciar conforto e segurança para o seu gato?
Gatos, seja qual for a idade, gostam de locais escurinhos e confortáveis. Sim, a sua gaveta de meias é um deles! Para cuidar de um gato filhote é importante fornecer esses pequenos esconderijos, que podem ser, inclusive, caixas de papelão. Gatos adoram caixinhas, seja qual for o tamanho!
Com o tempo e conforme a confiança dele aumentar, ele sentirá menos necessidade de se alojar em uma catcaverna e ficará mais sociável. Não se preocupe! Claro, com isso, a companhia dele na sua cama se tornará uma constante. Quanto a isso, nossa sugestão é: não resista! Caso contrário ele não te deixará dormir, miando na sua porta!
5. Vacinação: quando devo vacinar?
Um dos principais passos de como cuidar de um gato filhote é a vacinação. Ela deve ser realizada assim que você levar o gatinho para casa. De preferência entre o 45º e 60º dia de vida.
Existem três tipos de vacinas polivalentes. A V3 (tríplice) protege os felinos da panleucopenia, rinotraqueíte e da calicivirose. A quádrupla (V4) inclui a proteção contra a clamidiose e a V5 (quíntupla) oferece imunização contra a leucemia viral felina (FeLV). Além dessas, tem a imunização contra o vírus da raiva (antirrábica).
Para realizar imunização com a V5 é necessário o teste rápido para excluir infecção prévia pela FeLV. Caso o resultado indique a presença do antígeno do vírus no animal, a vacina aplicada é a quádrupla.
A FIV e a FeLV são doenças contagiosas provocadas por vírus distintos e costumam assustar nós tutores, pois elas não têm cura. Porém, se o tratamento e o acompanhamento forem realizados corretamente, o gatinho pode viver por muitos anos.
A FIV (Imunodeficiência felina ou “AIDS” felina) é transmitida de um gato a outro durante o parto, na amamentação, em brigas, no acasalamento e pelo contato com mucosas, sangue e urina. Atinge o sistema imunológico dos felinos, deixando-os mais vulneráveis a contraírem infecções, assim como ocorre nos humanos portadores do vírus HIV.
Já a FeLV, conhecida também como leucemia viral felina, afeta o sistema imunológico assim como a FIV, mas a sua principal preocupação é que o felino fica mais predisposto a desenvolver neoplasias (cancêr).
Esse é um dos motivos principais para não deixar seu gatinho solto por aí, pois, quando um bichano lambe o outro, sobretudo em situação de rua (quando há mais contato com animais diferentes), há um risco muito maior de contágio.
Além das vacinas múltiplas, o imunizante antirrábico é também indispensável! Porém, antes de aplicá-lo, o procedimento com as vacinas que nós apresentamos acima deve ser finalizado. Isso ocorre por volta do quinto mês de vida do animal.
Muita informação, né? Tudo bem quanto a isso. O importante é garantir o acompanhamento com o veterinário! Com certeza, ele fornecerá todas essas informações e pormenores durante a consulta. Agora, vejamos os próximos passos para deixar esse gatinho firme e forte!
6. Vermifugação: é realmente necessária?
Outra medida profilática fundamental para o seu gatinho é a vermifugação. A eliminação de vermes é muito importante para a nutrição e o bem-estar do animal, especialmente em filhotes. Portanto, ao levar o novo membro da família ao veterinário, peça também por esse tratamento.
A vermifugação deve ocorrer entre os 15 e 30 primeiros dias de vida do animal, mas nem sempre acontece assim. Portanto, logo que seu gatinho estiver a caminho de casa, já considere levá-lo ao veterinário.
O tratamento é feito em duas dosagens. O aconselhável é que a primeira dose seja ministrada no primeiro mês de vida. Já a segunda é aplicada 15 dias após a primeira. Em seguida, a vermifugação passa a ser mensal até o sexto mês de vida do pet. Em alguns casos a quantidade de vermes é tão grande que faz-se necessário repetir a vermifugação. Fique atento às fezes do seu bichano!
7. Combate à pulga e carrapato: “mas meu gato é de apartamento. E agora?”
Não confie tanto na proteção do seu apartamento. As pulgas e carrapatos mobilizam-se de diversas formas e os filhotes são muito vulneráveis aos ectoparasitas. Portanto, durante a consulta com o veterinário, procure se informar sobre qual a medicação sugerida para seu gatinho.
Atenção: não coloque coleira ou aplique qualquer remédio contra pulgas e carrapatos no seu filhote! Essa medicação é receitada com base no peso e em outros parâmetros apresentados por cada animal. São substâncias muito fortes capazes de colocar a vida do seu pet em risco. Portanto, siga criteriosamente as orientações do médico veterinário!
8. Castração: quando devo agendá-la?
A castração é outra medida importante para o bem-estar do seu gatinho. No entanto, o momento de efetuá-la dependerá de vários fatores e somente o médico veterinário poderá indicar o período correto. De forma geral, tanto para os machos quanto para as fêmeas, o aconselhável é que a castração seja realizada entre 4 e 8 meses meses de idade.
Mas por que devo castrar? A castração muitas vezes é associada apenas à reprodução, contudo, no caso de animais de companhia, ela é importante tanto para evitar o contágio e transmissão de doenças como também é uma forma de prevenção contra tumores e infecções futuras.
No fim das contas, seu gatinho vai viver muito mais e melhor devido à castração. Eles tendem a ficar mais tranquilos pela redução na produção de hormônios, além de eliminar as chances de gestação frequente e de minimizar comportamentos como a marcação de território. Só fique atendo se seu pet começar a ganhar peso. Converse com o veterinário para evitar a obesidade felina!
9. Atividades, brincadeiras e socialização: qual a importância para um gato filhote?
As brincadeiras e a correria são duas coisas que os gatos adoram não só quando filhotes. Felinos são muito ativos e sentem necessidade de exercitar seus instintos predatórios, como pequenos Simbas de apartamento.
Ao mesmo tempo, eles gostam de atenção e de participar da rotina da casa. Claro, cada animal tem a sua personalidade, mas fornecer brinquedos, carinho e pequenos mimos tem o poder enorme de evitar que o animal fique estressado ou entediado.
Quando estressados, os gatos ficam agressivos, arredios e chegam ao ponto de não comer direito ou não usar a caixinha. O tédio de um felino pode movimentar toda uma casa. Se entediados, eles terão picos de atividade em horários pouco agradáveis aos seres humanos.
Portanto a rotina de brincadeiras, além de proporcionar a criação de laços afetivos, vai permitir que seu novo companheiro esteja sempre entretido e feliz.
10. Qual o principal cuidado com um gato filhote? Você sabe?
Se você nos acompanhou até aqui, é provável que já tenha concluído qual a resposta para essa pergunta. Se não, dizer isso nunca é demais: o principal cuidado com um gato filhote é o acompanhamento veterinário.
A consulta e os exames são fundamentais para saber como está a saúde do seu gatinho. Se isso for feito, doenças futuras podem ser evitadas e, se algo silencioso estiver acontecendo com ele, será sanado antes de uma piora.
Além disso, a vacinação é indispensável, assim como a vermifugação e o tratamento contra as ectoparasitas. Esse é o caminho para reduzir as chances do seu bichano desenvolver alguma enfermidade.
Sendo assim, mais do que brincadeiras, carinho e amor, as consultas regulares com o veterinário são fundamentais para o bem-estar do seu pet. Um animal que é acompanhado por um médico veterinário desde cedo viverá mais e melhor!
Já sabe tudo sobre como acolher e fazer a festa com seu gatinho filhote? Deixe um comentário e conte-nos as peripécias desse novo amorzinho da família!